O seriado Fringe, da Fox, é um programa de TV no formato de seriado policial, abrangendo ainda temos como biotecnologia, teorias sobre o espaço/tempo, criogenia, mutação, e principalmente, a existência de universos paralelos. Aborda, dentre outros temas, como um cientista pôde, em seu laboratório, desenvolver técnicas com as quais levasse as constantes físicas do universo ao zero. Para isso, foi criado um cenário representando um grande laboratório na Universidade de Harvard, para que o cientista Walter Bishop (John Noble) pudesse realizar seus experimentos.
Como objeto de análise, escolhi dois momentos onde o cenário tem construções cênicasdistintas. A primeira é o laboratório vazio, desativado como na figura abaixo:
Aqui,
se tem um plano geral, enfatizando a profundidade de campo ambiente do
laboratório. Esta primeira imagem deixa clara a ideia de abandono, de um lugar
que não está mais em uso, o de fato retrata a realidade, no ponto de vista do
enredo. Os elementos cênicos, como as mesas, lâmpadas e prateleiras,
transformam o espaço em um cenário de reprodução/realista.
Já na segunda
fotografia, temos o cenário preenchido pelo maquinário típico de laboratório de
ciências:
Aqui, nós podemos ver o cuidado por parte do cenógrafo de adornar o
espaço de forma que remeta há um laboratório de um multiespecialista, que o
caso de Walter Bishop. Tendo em vista que o seriado busca um público
abrangente, se o cuidado de criar um ambiente polivalente, típico de um
cientista com mais de uma especialidade. Esse cuidado, além de ser atrativo
visualmente, é um trabalho que visa também alcançar uma maior faixa de público.
Com isso, a ideia é não ter um produto apenas comercial, mas que se torne
convincente para telespectador, caso seja ele um aluno de graduação, professor,
médico, cientista, ou apenas interessados em uma trama policial.
Por: Arthur Barbalho
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